Myla Popy, a Happy biker
Digite o texto aqui.
Dia do Nhoque da Sorte - parte II - por Mário de Méroe
(desdobramento)
29/03/2017
Myla Popy, a Happy biker
Myla Popy, a motoqueira feliz, extasiava-se a bordo de sua Suzuki Intruder 125, que pilotava com maestria, na modorrenta pista da rodovia Daki-pra-Lá, fazendo acrobacias de causar inveja às melhores pilotas do mundo.
Mas após esgotar seu estoque de habilidades, começou a percorrer com calma a pista quase deserta, admirando as campinas e as árvores. Logo adiante, avistou uma casa pequena, única habitação naquela localidade.
Na frente da casa, observou algumas pessoas que se preparavam para entrar. Por cautela, Myla foi diminuindo a velocidade e, movida por sua insaciável curiosidade, resolveu parar e conversar com aquelas pessoas
.─ O motor de minha moto esquentou muito, e precisei parar, disse como desculpa.
─ Ora, entre e descanse um pouco, enquanto o motor esfria, disse uma senhora, que parecia ser a dona da casa. Dentro dela, havia cinco pessoas: a senhora, três filhos e um ancião, que parecia um andarilho, mas com uma expressão de calma e sabedoria em seu rosto.
.─ Aproveite e coma conosco uma porção de nhoque, disse a senhora, com alegria.
Myla ficou pensativa: era o dia 29 daquele mês, e seu chefe a lembrou da lenda do dia do Nhoque da Sorte, no qual São Pantaleão visitou uma família pobre, que partilhou com ele seu precioso nhoque e, após a refeição, quando retiraram os pratos, havia, debaixo de cada um deles, um saquinho com moedas de ouro...
─ Detesto nhoque, pensou Myla, mas quem sabe a história se repetirá... aquele andarilho tem a aparência de um sábio ou santo, sei lá...
Lá chegando, o delegado a interrogou e Myla manteve a mesma versão. Afinal, convencido que a menina era uma maluca, disse:
─ Tudo bem, vou mandar soltá-la. Mas antes, você deverá passar uma semana inteira ajoelhada sobre grãos de milho, sem roupa, com uma goteira sobre sua cabeça, e comendo apenas pão amanhecido e água malcheirosa. E ainda, levará chineladas nos glúteos, três vezes ao dia.
Myla então percebeu o drama de sua vida, e teve um pensamento atroz... ah, como ela gostaria de trucidar quem escreve essas estórias sobre ela!!! (se cuide, Mário de Méroe!)